sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

SOBRE O USO E PORTE DE ARMA

Classes de armamento:
1. São armas da classe B as armas de fogo curtas de repetição ou semiautomáticas.
2. São armas da classe B1:
o As pistolas semiautomáticas com os calibres denominados 6,35 mm Browning (.25 ACP ou .25 Auto);
o Os revólveres com o calibre denominado .32 S & W Long.
3. São armas da classe C:
o As armas de fogo longas semiautomáticas, de repetição ou de tiro a tiro, de cano de alma estriada;
o As armas de fogo longas semiautomáticas, de repetição ou de tiro a tiro com dois ou mais canos, se um deles for de alma estriada;
o As armas de fogo longas semiautomáticas ou de repetição, de cano de alma lisa, em que este não exceda 60 cm;
o As armas de fogo curtas de tiro a tiro unicamente aptas a disparar munições de percussão central;
o As armas de fogo de calibre até 6 mm unicamente aptas a disparar munições de percussão anelar;
o As réplicas de armas de fogo, quando usadas para tiro desportivo;
o As armas de ar comprimido de calibre superior a 5,5 mm.
4. São armas da classe D:
o As armas de fogo longas semiautomáticas ou de repetição, de cano de alma lisa com um comprimento superior a 60 cm;
o As armas de fogo longas semiautomáticas, de repetição ou de tiro a tiro de cano de alma estriada com um comprimento superior a 60 cm, unicamente aptas a disparar munições próprias do cano de alma lisa;
o As armas de fogo longas de tiro a tiro de cano de alma lisa.
5. São armas da classe E:
o Os aerossóis de defesa com gás cujo princípio activo seja a capsaicina ou oleoresina de capsicum ( gás pimenta );
o As armas eléctricas até 200000 v, com mecanismo de segurança;
o As armas de fogo e suas munições, de produção industrial, unicamente aptas a disparar balas não metálicas, concebidas de origem para eliminar qualquer possibilidade de agressão letal e que tenham merecido homologação por parte da Direcção Nacional da PSP.
6. São armas da classe F:
o As matracas, sabres e outras armas brancas tradicionalmente destinadas às artes marciais;
o As réplicas de armas de fogo quando destinadas a colecção;
o As armas de fogo inutilizadas quando destinadas a colecção.
Licenciamento
• Licença B, para o uso e porte de armas das classes B e E;
• Licença B1, para o uso e porte de armas das classes B1 e E;
• Licença C, para o uso e porte de armas das classes C, D e E;
• Licença D, para o uso e porte de armas das classes D e E;
• Licença E, para o uso e porte de armas das classes E;
• Licença F, para a detenção, uso e porte de armas da classe F;
• Licença de detenção de arma no domicílio, para a detenção de armas das classes B, B1, C, D e F e uso e porte de arma da classe E;
• Licença especial para o uso e porte de armas das classes B, B1 e E.
Aquisição, detenção, uso e porte de armas
Armas da classe B
1. As armas da classe B são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação, carecendo de prévia autorização concedida pelo director nacional da PSP.
2. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe B são autorizados ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, aos deputados, aos membros do Governo, aos representantes da República, aos deputados regionais, aos membros dos Governos Regionais, aos membros do Conselho de Estado, aos governadores civis, aos magistrados judiciais, aos magistrados do Ministério Público e ao Provedor de Justiça.
3. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe B podem ser autorizados:
o A quem, nos termos da respectiva lei orgânica ou estatuto profissional, possa ser atribuída ou dispensada a licença de uso e porte de arma de classe B, após verificação da situação individual;
o Aos titulares da licença B;
o Aos titulares de licença especial atribuída ao abrigo do n.º 1 do artigo 19.º
Armas da classe B1
1. As armas da classe B1 são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação, carecendo de prévia autorização concedida pelo director nacional da PSP.
2. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe B1 podem ser autorizados:
o Aos titulares de licença de uso e porte de arma da classe B1;
o Aos titulares de licença especial atribuída ao abrigo do n.º 1 do artigo 19.º
Armas da classe C
1. As armas da classe C são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação, carecendo de prévia autorização concedida pelo director nacional da PSP.
2. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe C podem ser autorizados:
o Aos titulares de licença de uso e porte de arma da classe C;
o A quem, nos termos da respectiva lei orgânica ou estatuto profissional, possa ser atribuída ou dispensada a licença de uso e porte de arma de classe C, após verificação da situação individual.
Armas da classe D
1. As armas da classe D são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação.
2. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe D podem ser autorizados:
o a) Aos titulares de licença de uso e porte de arma das classes C ou D;
o b) A quem, nos termos da respectiva lei orgânica ou estatuto profissional, possa ser atribuída ou dispensada a licença de uso e porte de arma de classe D, após verificação da situação individual.
Armas da classe E
1. As armas da classe E são adquiridas mediante declaração de compra e venda.
2. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe E podem ser autorizados:
o Aos titulares de licença de uso e porte de arma da classe E;
o Aos titulares de licença de uso e porte de arma das classes B, B1, C e D, licença de detenção de arma no domicílio e licença especial, bem como a todos os que, por força da respectiva lei orgânica ou estatuto profissional, possa ser atribuída ou dispensada a licença de uso e porte de arma, verificada a sua situação individual.
Armas da classe F
1. As armas da classe F são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação.
2. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe F podem ser autorizados aos titulares de licença de uso e porte de arma da classe F.
Armas da classe G
1. A aquisição de armas veterinárias e lança-cabos pode ser autorizada, mediante declaração de compra e venda, a maiores de 18 anos que, por razões profissionais ou de prática desportiva, provem necessitar das mesmas.
2. A aquisição de armas de sinalização é permitida, mediante declaração de compra e venda e prévia autorização da PSP, a quem desenvolver actividade que justifique o recurso a meios pirotécnicos de sinalização.
3. A aquisição de armas de softair é permitida, mediante declaração de compra e venda, a maiores de 18 anos unicamente para a prática desportiva e mediante prova de filiação numa federação desportiva da modalidade.
4. A autorização referida no n.º 2 deve conter a identificação do comprador e a quantidade e destino das armas de sinalização a adquirir e só pode ser concedida a quem demonstre desenvolver actividade que justifique a utilização destas armas.
5. A detenção, o uso e o porte destas armas só são permitidos para o exercício das mencionadas actividades.
Posse e aquisição de munições para as armas das classes B e B1
1. O proprietário de uma arma das classes B e B1 não pode, em momento algum, ter em seu poder mais de 250 munições por cada uma das referidas classes.
2. A aquisição de munições depende da apresentação do livrete de manifesto da arma, do livro de registo de munições e de prova da identidade do titular da licença.
Aquisição de munições para as armas das classes C e D
1. A compra e venda de munições para as armas das classes C e D é livre, mediante prova da identidade do comprador, exibição do livrete de manifesto da respectiva arma e factura discriminada das munições vendidas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

ENCERRAMENTO DA ÉPOCA DE CAÇA


Domingo dia 22 de Fevereiro de 2009 pelas 07H00 vamos pela última vez neste calendário venatório reunir-se para uma jornada final aos Tordos e para uma batida ás Raposas.
Pede-se assim que todos os sócios que queiram participar venham ter connosco á Avessada.
Vai haver um almoço de encerramento onde será servido para almoço Febras de Javali na brasa, também haverá Bolo de Mel e tantas outras iguarias e claro o lanche serão os Tordos Assados na brasa.
Irão também ser distribuidos os prémio para o Melhor Atirador e claro o de Caçador do Ano.
Por tudo isto caro sócio não deixe de nos visitar e deixar-nos privar da sua companhia.
O Júri para a votação dos prémios em causa irá reunir-se para deliberar no intervalo entre o almoço e o lanche. Desta votação não haverá recurso.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CAÇA AOS TORDOS E BATIDA ÁS RAPOSAS 3

O INTERVALO DA TERCEIRA PARA A QUARTA PARTE TEM MOMENTOS LÚDICOS.

O TREINO DA MAIS JOVEM PROMESSA

O JOGO DA CARICA (TAMBÉM CONHECIDO POR LERPA)

A SUECA

CAÇA AOS TORDOS E BATIDA ÁS RAPOSAS 2

O AJUDANTE Nº 1

COM OS CARTUCHOS DA AVESSADA A CAÇA JÁ VEM DEPENADA.

A GRELHA COM A PASSARADA PARA A QUARTA PARTE

O NOVO COZINHEIRO ( Ó CÉSAR PÕE-TE A PAU)

PRONTOS PARA IREM PARA A GRELHA

CAÇA AOS TORDOS E BATIDA ÁS RAPOSAS 1




Dia 15 de Fevereiro, Domingo de manhã.
Mais uma vez nos reunimos ás 07H00 para dar inicio a mais uma jornada de caça na nossa reserva.
Fomos aos tordos para o petisco, pois para isso vai chegando, não dá para grandes molhadas, mas nem nós queremos, queremos isso sim que para o ano os tordos nos visitem.
Cumprida esta primeira parte passou-se á segunda e aí já havia mais pessoal pois há quem não goste de atirar aos tordos, mas aparece para as raposas.
Portas acertadas e entra-se no mato para fazer a primeira batida em direcção á Vale-da-Gama, muito mato pisado e o resultado final foi uma raposa falhada, acontece aos melhores.
A segunda batida, faz-se por detrás da Avessada e aí as portas são colocadas estratégicamente, com atiradores de elite terá de dar os seus trunfos. O saldo é de um casal de raposas abatidas, nada mau para uma dezena e meia de carolas (são sempre os mesmos).
E finalmente a terceira e quarta parte esta abrilhantada por um cozinheiro estreante mas que provou que é bastanta sabedor e não deixou de o mostrar no bom almoço que nos serviu, (o César que se cuide).
Seguem-se as imagens que retratam o dia bem passado na companhia de amigos e convivio com a população de Avessada que tão bem nos acolhe. A todos um bem haja.

HISTÓRIAS DE CAÇA

MONTARIA EM PENHA GARCIA

Em dia de montaria por terras da Beira Interior, deslocaram-se para Penha Garcia um grupo de caçadores da minha Freguesia (a saber Envendos, Beira-Baixa).
O dia prometia por duas razões, a primeira era de que a zona era de sobra conhecida e afamada por serem terras de caça, para mais pertencente á zona do Tejo Internacional. A segunda razão era de que o Estilo da montaria era o de Mata-Pendura.
Concentração a decorrer com normalidade, o sorteio das portas feito com celeridade e o taco a condizer, convém dizer que o preço também era convidativo (ufa).
Com as barrigas regaladas e chegadas as matilhas, esses ajudantes que dão ás nossas montarias o ser e a tradição que é só nossa, pois digam o que disserem as nossas montarias são muito diferentes das Espanholas têm muito mais querer e os nossos matilheiros e seus ajudantes dão uns sons e colorido á montaria que não se vê em Espanha.
Decorre a montaria dentro da normalidade, ouvem-se alguns disparos, não muitos e como tudo o que começa também a montaria se acabou.
Chegam-se os monteiros e demais caçadores para o almoço que convenhamos também parece que não agradou, mas finalmente e para animar a festa vai-se buscar um acordeão, as cantigas ao desafio assim como o fado á desgarrada têm logo um lugar de destaque com alguns participantes a querer mostrar o jeito para a coisa.
Numa dessas interpelações eis que um dos meus conterrâneos se sai com uma quadra ao jeito da montaria, para remate da faena e que não deixou os conterrâneos da aldeia muito satisfeitos, mas relata o que nesse dia se passou. Tenho que dizer que não é por esta montaria que se mede o que de bom há em Penha Garcia tanto na caça como na hospitalidade das pessoas. Como bons Beirões que somos também temos de saber encaixar com galhardia quando os outros têm razão. Mas fica a quadra.


Adeus ó Penha Garcia
Com ruas de pedra dura
Se cá houvesse Javalis
Não era Mata-Pendura.

Escusado será dizer que no final da montaria não apareceu nenhum javali ou o que fosse á junta de carnes, talvez os culpados fossem os cães ou os matilheiros, ou quem sabe.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

MONTARIAS DO CENTRO





Montaria organizada conjuntamente pelas Câmaras Municipais de Alvaiázere e Ferreira do Zêzere
Programa de Montaria pretende captar o público feminino
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Para os amantes da caça ao javali, surge uma proposta que conjuga a actividade cinegética com outras manifestações culturais e muitas surpresas… Ou não fosse este evento dirigido igualmente a um público muito especial - o feminino.

Este evento cinegético para além do seu carácter ambiental intrínseco: o aproveitamento e controlo de recursos e a revalorização da conservação das espécies, pretende ter um enquadramento cultural que seja um factor de atracção e sensibilização do público para este tipo de actividade.

Abrangendo cerca de 500 hectares distribuídos por 2 concelhos (Zonas de Caça de Areias, Chãos, Freixial, Pelmá e Municipal de Alvaiázere), 30 matilhas e cerca de 300 portas, este evento pretende encerrar festivamente o calendário venatório do javali.

Especialmente dirigido às mulheres, que tradicionalmente são avessas a este tipo de actividade, e para todos os que se interessem por esta vertente do evento, foi criado um programa cultural que decorrerá em paralelo com o da montaria e que incluirá passeios e visitas turísticas e de carácter ambiental entre outras surpresas.

Uma boa oportunidade para os caçadores surpreenderem as suas “caras metades” com um convite para os acompanharem nesta aventura.

Desta forma, caçadores e convidados (os acompanhantes que não pretendam seguir os caçadores nesta aventura) encontram-se ocupados em actividades distintas partilhando apenas o pequeno-almoço pela manhã e o almoço que finaliza a montaria.

A partir das 20h está oficialmente aberta a festa ao público em geral, gratuitamente. Música e teatro acompanhados por uma ceia o¬nde se poderá degustar a caça do dia ou javalis da “reserva” (Quinta das Valadas), entre outras iguarias.

Parte do programa cultural decorrerá na Quinta das Valadas, Areias, em Ferreira do Zêzere que possui uma reserva com burros, avestruzes, ovelhas e cabras entre outros animais, que irão fazer as delícias dos mais novos e não só.

Da organização do evento fazem parte as Câmaras Municipais de Alvaiázere e Ferreira do Zêzere e as associações de caça gestoras dos terrenos o¬nde decorrerá a montaria: Associação de Caçadores Castelos de D. Gaião, Associação de Caçadores de Chãos, Associação de caçadores do Freixial, Associação de Caçadores da Pelmá e Clube de Caçadores de Alvaiázere.


Informações sobre o evento e Ficha de Inscrição em:
http://www.cm-ferreiradozezere.pt/
http://www.cm-alvaiazere.pt/
Câmara Municipal de Alvaiázere
Posto de Turismo de Ferreira do Zêzere

Reservas: 236 650 600/ 800 Telm.: 915 698 600/ 800 (Alvaiázere)
Fins-de-semana/ noite: 915 698 698
249 360 150 (Ferreira do Zêzere)
Fins-de-semana/ noite: 917 608 123

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CONHECER AS ESPÉCIES CINEGÉTICAS



O coelho

Mamífero roedor da família dos Leporídeos, distribuída por quatro géneros a que pertencem o coelho comum ou selvagem (Oryctolagus cuniculus), o coelho americano, o coelho pigmeu e o coelho asiático. O coelho comum desenvolveu-se na Europa e África do Norte e caracteriza-se pelo menor desenvolvimento que a lebre das orelhas e dos membros posteriores. É um dos mamíferos mais característicos da região submediterrânea ocidental e a sua domesticação ocorreu no fim dos tempos pré-históricos.
O coelho selvagem é um herbívoro que se alimenta de plantas herbáceas, raízes e caules tuberculosos, grãos, etc. No Inverno, se escassearem os alimentos, o coelho rói a casca das árvores novas. É um animal que geralmente não bebe mas come as ervas cobertas de orvalho.
Os adultos têm um comprimento de cabeça e tronco que varia entre os 14 e os 45 centímetros. A cauda tem entre 4 e 8 centímetros de comprimento. O peso do adulto varia entre os 1,3 e 3,2 quilos. As patas posteriores são muito maiores que as anteriores, os olhos estão situados nos dois lados do crânio. A cor é geralmente acinzentada e amarelada na nuca e nos pés.
Os coelhos vivem em sociedade e são muito reprodutivos podendo ter de 3 a 6 partos por ano. A gestação é de 30 a 40 dias originando entre 4 e 12 crias, geralmente quatro. Os jovens nascem nus, cegos e com as orelhas tapadas.
A exploração do coelho doméstico tem importância económica pois é uma actividade relativamente fácil. É um animal de rápido crescimento e muito prolífico. É criado como produtor de carne, peles e pêlo.

CONHECER AS ESPÉCIES CINEGÉTICAS




A lebre

Designação dos mamíferos roedores da família dos Leporídeos de que são conhecidas numerosas espécies e subespécies distribuídas pela Europa, África, Ásia e América. Duas espécies, a lebre-alpina (Lepus timidus) e a lebre-castanha (Lepus europaeus), estão conjuntamente com as subespécies, registadas na fauna europeia. A primeira espécie encontra-se entre os Alpes e a Escandinávia, e de Inverno tem a pelagem branca, excepto na extremidade das orelhas que é negra. A segunda espécie distribui-se desde a Península Ibérica e Ilhas Britânicas pelo resto da Europa até à Ásia ocidental. A cor da lebre castanha é acinzentada no Inverno
A lebre, que ao contrário do que se poderia pensar não é aparentada com o coelho, distingue-se deste pelo facto de não construir tocas, procurando abrigo entre a vegetação ou em pequenas depressões do terreno. Possui, também, uns pavilhões auditivos muito mais desenvolvidos. A lebre europeia tem um comprimento que oscila entre os 48 e os 70 centímetros, é um pouco maior que o coelho. O período de gestação da lebre é mais prolongado que o do coelho que é de 28 dias. Os nascituros da lebre nascem mais amadurecidos, com os olhos abertos e perfeitamente formados. O período de gestação da lebre é 42 dias nascendo uma a três crias. A lebre dá à luz 3 a 4 vezes por ano.
A lebre é um animal com actividade vespertina e nocturna. Tem uma alimentação exclusivamente fitófaga: ervas, frutos, bagas silvestres e sementes de cereais.
Todas as espécies de lebres, mais de uma dúzia, a maioria africanas e asiáticas, apresentam um aspecto muito semelhante.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

SANTO HUBERTO O PADROEIRO DE TODOS OS CAÇADORES





É no dia 3 e Novembro de cada ano que se celebra o dia de Santo Huberto[1]. É o santo patrono dos caçadores. É ainda invocado pelos matilheiros, arqueiros, guardas florestais, matemáticos, fundidores, peleiros, para os cães, pelos bispos que tem que governar regiões muito problemáticas, pela cidade de Liége e ainda para curar as mordeduras de cães e a raiva.

Santo Huberto viveu no período medieval, entre 656 e 728. Era filho do Duque Bertrand da Aquitania e neto do rei Chariberto, de Toulouse.

Desde jovem que era adepto da caça e muito valente a lutar com as feras. Um dia, num bosque, o seu pai foi atacado por um urso furioso que o ia matar, mas o jovem Huberto chegou a tempo e arremeteu tão fortemente para a fera que esta teve que soltar o Duque Bertrand, assim salvando a sua vida.

Foi enviado para estudar no palácio do rei de Neustria (Bélgica) mas ele tinha fracos costumes e fugiu. Foi então para o palácio do Conde de Austrasia, o¬nde recebeu uma boa educação e casou-se com uma filha do conde Dagoberto, Floribane, da qual teve um filho a que chamou Floriberto.

Huberto esqueceu os sábios conselhos da sua santa mãe e dedicou-se unicamente a festas e desportos, deixando de ir à missa. E uma certa Sexta-feira Santa, em vez de assistir às cerimónias religiosas, foi à caça.

Aconteceu então que, diz a lenda[2], perseguindo um veado em pleno bosque, ele se deteve repentinamente o que fez parar os cães e os cavalos. Entre os cornos do veado apareceu uma cruz luminosa e Huberto ouviu uma voz que lhe dizia: “Se não voltares para Deus cairás no Inferno”.

O jovem príncipe rapidamente foi procurar o Bispo S. Lambert, perante o qual pediu, de joelhos, perdão pelos seus pecados. O santo bispo concedeu-lhe o perdão e dedicou-se a instrui-lo esmeradamente na religião. Pouco tempo depois morria e esposa do príncipe que pode assim dedicar-se totalmente à vida espiritual. Renunciou ao direito de ser herdeiro do trono, repartiu os seus bens pelos pobres e foi ordenado sacerdote. Entrou então para o convento dos Padres Beneditinos e dedicou-se à oração, à leitura e meditação, enquanto se ocupava com trabalhos humildes como lavrador e pastor de ovelhas.

Desejava ir a Roma ver o túmulo dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, e ouvir o Sumo Pontífice. E assim partiu, a pé, escalando montanhas cobertas de gelo e atravessando em pequenos barcos rios de caudais fortíssimos, até que conseguiu chegar, depois de mil perigos, à Cidade Eterna.

Estando um belo dia numa igreja de Roma, orando devotamente, quando foi mandado chamar pelo Sumo Pontífice Sérgio. Este contou-lhe que o bispo Lambert tinha sido assassinado pelos inimigos da fé e que era de opinião que a melhor pessoa para substituir o bispo morto era ele, o monge Huberto. Apesar do medo em aceitar tal cargo, uma visão sobrenatural convenceu-o que devia aceitar, tendo sido consagrado bispo da igreja católica.

Santo Huberto foi bispo de Tongres, de Maestricht e de Liège, Bélgica.

O território que competiu governar a S. Huberto era povoado por gentes que adoravam ídolos e eram muito cruéis. Ele percorreu todas as regiões ensinado a verdadeira religião e afastando das gentes as falsa crenças e as maléficas superstições.

Visão de Santo Huberto, pintada, por volta de 1700 por Jan Brueghel e Sir Peter Paul Rubens. Encontra-se no Museu do Prado, Madrid, Espanha

Deus concedeu-lhe o dom de fazer milagres. Os que tinham maus espíritos, ao encontrarem-se com o santo recuperavam a paz, sendo abandonados pelos maus espíritos. Os que antes adoravam ídolos e deuses falsos, ao ouvi-lo falar tão harmoniosamente de Deus dos Céus, que fez a terra, e tudo quanto existe, exclamavam “Não nos haviam falado assim” e convertiam-se e faziam-se baptizar.

Por rios tormentosos, cruzando selvas tenebrosas, fazendo viagens muito cansativas e percorrendo os campos em procissão, cantando e rezando, visitou todo o território da sua diocese, oferecendo os sacrifícios da sua viagem para a conversão dos pecadores, e Deus respondeu-lhe concedendo-lhe que milhares se convertessem à verdadeira fé.

Um dia viu a casinha de uma mulher pobre em chamas. Pôs-se a rezar com toda a sua fé e o incêndio apagou-se milagrosamente.

Construiu um templo a S. Lamberto, o santo bispo assassinado, e para lá levou as relíquias do mártir (ao abrir-se o túmulo, depois de vários anos, o corpo estava incorrupto, como se tivesse sido acabado de sepultar). À passagem do corpo do santo vários paralíticos ficaram sarados e começaram a andar e vários cegos recuperaram a vista.

Um dia, enquanto S. Huberto celebrava a missa, entrou na igreja um homem louco, que tinha sido mordido por um cachorro com hidrofobia (ou raiva). Toda a gente saiu a correr da praça, mas o santo deu uma bênção ao louco e este ficou instantaneamente sarado e saiu da praça gritando “Voltem tranquilos ao templo que o santo bispo me curou com a sua bênção”. Por isso muita gente invoca S. Huberto contra as mordeduras de cães raivosos.

Outro dia aproximou-se do mar e viu que uma terrível tempestade afundava uma barca cheia de pessoas, e que todos os passageiros caíam entre as o¬ndas embravecidas. O santo ajoelhou-se e orou por eles e milagrosamente os náufragos saíram sãos e salvos. Por isso mesmo os marinheiros têm muita fé a S. Huberto.

No ano 727 Deus anunciou-lhe que estava prestes a morrer, pelo que ao terminar a missa deixou os seus fiéis. “Já não voltarei a a beber deste cálice entre vocês”. Pouco depois adoeceu e morreu santamente, deixando entre as gentes a recordação de uma vida dedicada totalmente ao bem dos demais.

Santo Huberto morreu no dia 30 de Maio de 727.

Santo Huberto foi canonizado em 743.

O seu corpo foi exumado da igreja de S. Pedro, em Liége, em 825; embora morto há muitos anos o seu corpo estava em bom estado, provando a sua santidade a todos os que o viram.

FEIRA DE CAÇA EM BEJA


Nos dias 27, 28 e 29 de Março de 2009, irá realizar-se em Beja, nas excelentes e modernas instalações do Parque de Feiras e Exposições de Beja, a primeira NaturAlentejo, grande feira do sector da caça, pesca e natureza, uma organização conjunta da Aventura Visual – Produção de Conteúdos e Eventos, L.da e da Câmara Municipal de Beja.

CALENDÁRIO LUNAR DE FEVEREIRO




PARA SERVIR DE REFERÊNCIA AOS QUE GOSTAM DE IR AOS JAVALIS DE NOITE E NÃO TÊM MEDO AO FRIO NEM Á CHUVA.