quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CAÇADA DE 21 DE NOVEMBRO

“O dia da revienga”
Para cumprir o último dia do calendário procuramos fazer algo de diferente.
Pena foi que alguns dos participantes não estivessem devidamente informados e o desfecho final seria outro, mas passemos aos factos.
O dia amanhece esplendoroso, queria que os nossos dias de caça terminassem de forma diferente ao que tinham começado, o início da caça foi inaugurado debaixo de uma chuvada enorme e com um vendaval que levava tudo pelos ares.
Assim para fecho das jornadas cinegéticas juntaram-se cerca de trinta amigalhaços, talvez o número mais elevado desta temporada.
A “revienga” estava lançada e só faltavam os pormenores, como sempre á última da hora, há-de falhar sempre qualquer coisa e aqui não foi diferente, uns sabiam da coisa e vinham preparados, outros nem por sombras o sonhavam, falta da organização, um ponto negativo.
Dois grupos se formaram, um para ir às perdizes, outro para o que viesse, parte-se para a zona a bater e começa a caçada.
Cães no terreno, uma grande algazarra com cães a pegarem nos “coelhos pretos” e a fugirem para fora da mancha, o grupo das perdizes a embaraçar-se com os “coelhos pretos” , e o grupo das esperas a falhar com os objectivos fixados, enfim tudo ao contrário.
Caça em abundância, tanto de aves como de bicharada da outra, no final veio para o monte somente sete (7) perdizes.
Um dia em que não se aproveitou nem caça menor, nem maior, e com todas as possibilidades de ser um dos dias melhores da temporada, a qualquer dos níveis, teria era de ser melhor planeado.
Fica aqui o reparo e de futuro mais cuidado.
Apraz-me dizer que foi bastante simpático da parte do pai do nosso Amigo e sócio Eng. Carlos Barata, o facto de ter trazido o seu acordeão, que com ele animou o pessoal depois do almoço, com algumas das “modas” que se tocavam no bailes de antigamente e que trouxeram boas recordações aos presentes, houvessem raparigas e estava feito o bailarico.
Quero também comunicar a todos os sócios, que tivemos ao almoço a presença do nosso querido amigo Eng. Armando Murta, após um grande período de recuperação, fruto de uma doença que o tem afectado bastante, mas que ele está a combater com todas as suas forças, superando com bravura e tenacidade esta fase menos boa da sua vida.
Força Armando, estamos todos contigo, esperamos ter-te a caçar entre nós brevemente.
Passou-se assim mais um dia, este foi decerto o mais triste dia de todos, porque foi o último dia de caça para a nossa Associação este ano. Esperemos que ainda possa haver uns dias aos tordos em 2011 e talvez uma montaria, aguardemos.
Até lá um abraço e continuarei a dar novidades do que se for passando no nosso concelho e com a malta conhecida, tanto nestas terras, bem como em outras onde formos indo.
J.R.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CAÇADA DE DIA 13 DE NOVEMBRO

" VENTOS DO MONDEGO"
Este foi um dia de caça diferente dos demais, diferente porquê?
Porque tivemos na nossa companhia os nossos amigos de Formoselha, que vieram passar um dia de caçaria na nossa companhia, atrás das nossas perdizes, ou o que for.
Apresentou-se o dia numa forma excelente que até apetecia metermo-nos por esse campo fora durante horas e horas para exercitarmos o corpo e extasiarmo-nos com esta paixão que nos move fim-de-semana após fim-de-semana.
O espírito é este mesmo e damos assim inicio á caçada com uma linha de batedores de respeito, as portas hoje também estavam guarnecidas com atiradores de elite como no final viemos a comprovar.
Tardaram os primeiros tiros e quem abriria as hostilidades seria o nosso amigo Toco que cobrou uma perdiz num lance muito bonito.
As vermelhinhas aguentaram o que puderam lá no alto do cabeço, mas a persistência e a tenacidade dos nossos amigos que não se detiveram perante a dureza do monte, fizeram com que elas lhes saltassem á frente, um bonito bando de cerca de 20 perdizes, ainda há destes bandos mesmo decorridas várias jornadas de caça, tendo eles cobrado desse bando cerca de 6 perdizes. Lances bonitos com tiros de belo efeito, e com cobros bastante bem efectuados.
Com alguns tiros aos tordos, às perdizes e um ou outro coelho falhado lá se foi passando a manhã, continuávamos todos bastante animados porque as espécies cinegéticas teimavam em aparecer, nós também tínhamos vagar para lhes dar luta e continuamos.
Uma “bonita” raposa atravessou-se á frente do “Sousa” e digo-vos : - aquela não come mais nenhum coelho! Continua em forma este nosso amigalhaço.
Também aproveito para lançar um aviso ao Rui para que ensine os cães dele a respeitarem mais a caça, não querem lá ver que apanharam uma perdiz que andava a fazer dieta, já uma perdiz não pode ir ao "Póvoas" para fazer um regime que vem logo um cão engraçadinho estragar a dieta da bicha, enfim.Estiveram em grande os nossos amigos e todos eles livraram a sua grade, o mesmo não posso eu dizer, mas bonito é deixarmos que os nossos convidados se divirtam, senão numa próxima vez não queriam vir. Desculpas!
O quadro final da caçada apresentou 17 das vermelhas e 1 flanelas, troféu para todos, mais uma vez cumprimos os objectivos. Somos ou não os maiores? Claro que somos.
Mais uma manhã excelentemente passada, boa companhia, para rematar tivemos um almoço servido pelo nosso cozinheiro residente, que é o amigo César, á base de javali estufado com batata cozida, embora houvesse também prato de dieta, pois houve quem comesse uma latinha de atum com as ditas. O bolo de mel também apareceu no final e o café foi servido por um excelente empregado que só será comparado á moçoila de que nos falou o Prof. Gonçalves na sua crónica do dia 7 de Novembro.
Quero também deixar uma palavra de consolo aos nossos amigos e aos irmãos Gonçalves em particular que não puderam estar presentes na caçada, por afazeres pessoais e profissionais, não se preocupem, mais dias virão, Domingo há mais e contamos com vocês. Esperemos que os convidados não tenham dado por perdido o tempo que passaram na nossa companhia e ficamos a aguardar uma próxima visita que será porventura na próxima época cinegética, ou até antes, nunca se sabe. Para eles um obrigado muito especial, pela ajuda que nos deram e pela excelente forma como se integraram no seio dos caçadores da nossa Associação.
Até á próxima.
J. R.
















segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CAÇADA DE 07 DE NOVEMBRO

Mação, 13/11/2010 - 20 horas e cinco minutos
Apesar das promessas dos nossos doutos meteorologistas, chuva a Norte, Sul, Leste, Oeste e ilhas, e sempre com o espirito de que" é no local de trabalho que se espera" preparámos atempadamente mais uma das nossas já celebres caminhadas. Vem isto a propósito de mais uma jornada de caça na nossa associação.
Com algum atraso, fruto da "ressaca" do Diogo, provocada por umas quantas oliveiras que resolveram produzir uma quantidade anormal das saborosas azeitonas galegas, e que o fizeram dormir como uma pedra, iniciámos a nossa viagem Mação-Avessada.
Dado o alerta ao nosso presidente, dando conta do atraso, fizemos uma curta paragem técnica nas bombas de gasolina de Mação para o cafézito matinal e alguns excepientes farmacêuticos para controlar a máquina. E foi neste local que, ainda algo embalados pelos braços de morfeu, mas já com a visão de lince de caçadores experimentados, nos deparámos com uma deusa. Não era grega, seria talvez oriunda de um país irmão : Loira, calção curto de onde emergiam duas soberbas colunas alvas, calmamente "pousada" numa daquelas cadeiras plásticas extraordináriamente confortáveis, era uma criatura graciosa (devidamente acompanhada pelo mestre), um monumento - 1,75 de altura, 115x95x110, seriam as medidas, tanto quanto pude observar, face à distância a que me encontrava. Eram 7.30 da manhã e qualquer nevoeiro que pudesse persistir, nos tais olhos de lince, desapareceu completamente.
Este preâmbulo, que nada tem a ver como a crónica da caçada de hoje, que o cronista de serviço (Reizinho) se encarregará de publicar,foi apenas um incidente de percurso e serviu-me de introdução a algumas linhas sobre a caçada do passado dia 7 do corrente que me vejo "obrigado" a escrever face às "ameaças" de que fui alvo no dia de hoje.
Evidentemente que não vou, aqui e agora, denunciar quem cometeu tal aleivosia e que não quis acreditar na minha falta de tempo e inspiração.
Diria que, juntar letras, formar sílabas e palavras, construir frases enfim, escrever, é hoje bem mais fácil e acessível que em tempos relativamente recentes, quando aprender era um luxo. Apesar disso não é certo que quem escreve consiga usar ou jogar com as palavras de tal forma que, quem lê, consiga "estar" onde se desenrola a acção, "ver", "ouvir" e até "sentir-se" envolvido emocionalmente.
Esta "hablildade", a capacidade para comunicar de forma incisiva através das palavras, só está ao alcance de alguns e certamente que não serei eu um desses predestinados e, por isso mesmo, preciso de tempo e inspiração para escrever algo minimamente perceptível.
Mas voltemos à jornada do dia 7/11. Tanto quanto me lembro foi um dia calmo, com boas condições climatéricas em que percorremos uma mancha nas imediações do local onde foi realizada a nossa largada anual.As perspectivas eram boas mas, as peças sobreviventes, especialmente os faisões eclipsaram-se de tal maneira que nem a cor lhe vimos.No entanto, não se pense que a manhã, apesar da falta do Presidente e de mais alguns companheiros, não foi brilhante, antes pelo contrário, os poucos que marcararm presença não deixaram os seus créditos por mãos alheias e conseguirem cobrar 14 vermelhinhas que, mais uma vez, foram suficientes para compensar o esforço dispendido.
No final, como é hábito, o almoço, desta vez uma sopa de peixe confecionada pelo nosso amigo César, devidamente acompanhada pela água pé local e por um tinto de origem duvidosa mas de qualidade comprovada pelo nosso especialista em vinhos,galos e azeitonas retalhadas na hora Zé Manuel (casal D'Eira- nome artístico).Só me resta acrescentar um pormenor - Um certo João Luìs andou por aí a tropeçar em tudo o que era perdiz e, para surpresa de algumas má línguas que pululam por estas redondezas e que insistem em afirmar que algumas vermelhuscas morrem de susto, ficou provado que as munições até tinham chumbo!!!!!? e, eventualmente, as ditas(perdizes) poderiam ter tropeçado nalgum chumbito.
Como nota final vai um abraço para aquele amigo, do qual não recordo o nome e que teve a gentileza de reconhecer alguma qualidade no que se vai escrevendo no nosso blog e também para os nossos convidados de hoje, (13 NOVEMBRO), especialmente para aqueles que nos visitaram pela primeira vez, que souberam integrar-se exemplarmente no nosso grupo, esperando que tenhamos conseguido corresponder às suas expectativas no que diz respeito à sua condição de convidados.
Boas caçadas!
zeg











quarta-feira, 10 de novembro de 2010

RESCALDO DA LARGADA

Depois da tempestade vem a bonança.
Nada de mais verdadeiro neste provérbio, o dia 01 de Novembro apresentou-se com uma cara alegre, irradiando sol e calor, dia tão espectacular que até o mato estava enxuto, comparado com o dia anterior, ninguém diria.
Pois foi nesta bela e soalheira manhã que fomos dar a volta com os nossos canitos á zona circundante da largada do dia 31 de Outubro.
Juntamos uma dúzia de caçarretas e lá partimos dando assim início a mais uma jornada.
Pelas peças de caça que tinham passado incólumes pelas portas, previa-se uma manhã animada, tínhamos de fazer pela vida e pelo almoço, caso não apanhássemos nada o almoço estaria em risco, o menu indicava " Arroz com perdiz e faisão ", portanto ou se comia o arroz acompanhado dos ditos ou seria arroz seco com pão.
Mas a experiência conta muito e as certezas de que não íamos ficar mal era quase certa, nem uma hora era passada e já o nosso mochileiro ia a caminho do Centro de Convívio de Avessada com uma carga de perdizes e faisões que dariam perfeitamente para saciar a fome e aconchegar os estômagos dos nossos amigos. O nosso amigo César trataria dos bichos, com a certeza do almoço já ganho lá continuamos.
Não julguem que por serem de aviário a caça a estes exemplares são favas contadas, nada disso, além de voarem muito bem, também são animais que não ficam parados, pelo menos os faisões, uma vez que não têm o instinto de bando como as perdizes. A zona envolvente foi batida uma e outra vez, as perdizes colam-se ao chão e somente quando passamos com os cães por lá duas ou três vezes é que saem a tiro, os faisões ficam quase todos por lá na maioria das vezes.
Também á que referir a captura de um láparo, que só tem desculpa de ter sido abatido pois palavras do próprio explicam. (- Só vi um relampejar!), ora como todos bem sabemos, tudo o que relampeja anda no ar (relâmpagos), vai daí a confusão e o tiro certeiro.
Mas ainda assim se apanharam peças em número suficiente para se dar o gosto ao dedo e caber em sorte uma peça a cada caçador, aliás como é apanágio na nossa Associação.
Uma jornada de caça diferente, passou-se assim um dia de feriado de forma absolutamente
espectacular com o campo a receber-nos de forma extraordinária, talvez a despedir-se dos dias bons, a julgar pela semana que se seguiu.
Almoço bem confeccionado que juntou o pessoal e a convidar para um final de tarde mais sossegado, o fim-de-semana foi dos XXXL e é altura de nos resguardarmos até á próxima jornada, não tarda nada está aí, até lá.
J.R.

DEPOIS DE DOIS DIAS DE CAÇA SEGUIDOS NÃO APETECE MUITO, É SÓ FASTIO.

12 VERMELHINHAS (ALGUMAS DAS VERDADEIRAS)

4 FAISÕES E UM COELHO "VOADOR"

JÁ TODA A GENTE COMIA, SEMPRE ATRASADO MAS COM O BANHINHO TOMADO.

LUTA DE FAISÕES OU O ÚLTIMO BEIJO.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

LARGADA DE PERDIZES E FAISÕES DIA 31 DE OUTUBRO

Para manter a tradição, realizou-se no passado dia 31 de Outubro a largada anual de faisões e perdizes na nossa Associação.
Uma oportunidade de juntarmos uns quantos amigos que gostam de nos visitar neste evento.

Também aparecem alguns amigos que já há uns tempos não atiram a uma peça de caça, aproveitam para arejar a espingarda e acompanham-nos nestas lides cinegéticas que vamos desenvolvendo ao longo do ano.

Reuniu-se um número interessante de caçadores e atiradores, com quinze portas marcadas e um total de trinta pessoas a atirar.
As peças previstas para a largada foram trezentas, um número considerado suficiente, uma vez que dá para entreter o pessoal durante uma manhã, com as portas a serem rodadas quatro vezes e no final entram os cães para levantarem a caça poisada, digamos que é um dia diferente, não deizando de ser interessante.
Tendo começado as hostilidades, foram-se observando os pássaros nos seus voos, falava-se da sua evolução conforme o vento predominante se ia defenindo.

Os primeiros tiros não tardaram a surgir, tendo-se observado tiros de grande efeito, tiros de mestria e alguns atrasados que já não apanhavam a caça.
Um verdadeiro festival de emoções para quem aprecia atirar e ainda por cima a peças de caça, assiste-se a um espectáculo como há poucos no tiro.
Como seria de esperar e as nossa prespectivas não sairam goradas, foi uma manhã deveras interessante, onde assistimos a bons momentos de caça e tiro, com episódios engraçados, histórias mirabolantes, que o diga o parceiro do Júlio Romão, que farão deste dia um dia para mais tarde recordar.
Interessante foi também o tempo que se fez sentir, pois que em cada rodagem de portas, lá vinha o chuveiro, como dizia o João Luís: - cada porta cada molha.
No final da manhã o "tableau de chasse", não foi montado com a dignidade que a caça mereçe, o tempo não o permitiu, mas compôs-se com a dignidade possível.

O almoço serviu para nos reconfortar o estômago, já a dar horas, fruto dos esforços realizados e o nosso cozinheiro tudo fez para nos acalmar mente e espírito.
No final houve uma surpresa há muito prometida a um dos sócios (alentejano por sinal), que foi o arroz doce, iguaria muito apreciada e que fez a delicia dos presentes, eu prefiro o bolo de mel.
Pois foi assim neste ambiente formidável que se passou mais um dia de Largada ás perdizes e faisões , um convívio sempre porreiraço.
Fica para amanhã o relato do rabisco, até lá.

A CONCENTRAÇÃO


AS ORDENS DO PRESIDENTE


PONDO AS CONVERSAS EM DIA

AGUARDA-SE A PARTIDA PARA AS PORTAS

A CAMINHO DAS PORTAS

O "TABLEAU DE CHASSE"

O ALMOÇO ESTEVE BASTANTE ANIMADO

FALA-SE SOBRE A LARGADA, CONTINUA-SE A MATAR CAÇA, É UM ESPECTÁCULO.

ESTE AMIGO GOSTA DE ARROZ DOCE "GOSTAS POUCO, GOSTAS!"

COM A BARRIGUINHA CHEIA, CAFÉ TOMADO, UMA BAGACEIRA DE MEDRONHO, SÓ FALTA O CIGARRINHO.