domingo, 31 de dezembro de 2017

FALECIMENTO DO SENHOR ANTÓNIO MATOS (ZEFERINO)

A Associação de Caçadores do Concelho de Mação, vem por este meio apresentar publicamente os pêsames á família do Ex-presidente, Senhor Manuel Matos, pelo falecimento de seu Pai.

O funeral será realizado amanhã, pelas 16h00 na Igreja Matriz de Envendos.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

BOAS FESTAS



A Associação de Caçadores do Concelho de Mação deseja a todos os sócios e amigos desta Associação um Feliz Natal e um Próspero ano de 2018.
Saudações natalícias.







sexta-feira, 10 de novembro de 2017

MENSAGEM DA DIRECÇÃO

De:
ASS. CAÇADORES CONCELHO
MAÇAO
Rua Fundação Antero Gonçalves, 11
6120-017 ENVENDOS




Assunto: COMUNICADO.



Envendos, 18 de Outubro de 2017.

Caros associados, nesta altura em que, acreditamos já ter passado o tsunami de chamas que nos assolou e tanto prejudicou, pensamos ser altura de reflectirmos, reerguermo-nos das cinzas e concluirmos sobre aquilo que queremos para o futuro.
Como tal e para início dos trabalhos, foi convocada uma reunião dos órgãos sociais desta associação, que se realizou no dia 14-10-2017, com a presença dos seguintes elementos:
Direcção: Vítor Gonçalves; Paulo Gonçalves; Manuel Matos; Manuel Pires; Luís Lourenço; João  Matos e António Lopes. Mesa da Assembleia: António Nascimento e José Gonçalves. Concelho Fiscal: Bernardino Toco e Joaquim Alves.
   No decorrer desta reunião foi decidido fazer lavouras, sementeiras, recolher, limpar e colocar sinalização e tentar submeter uma candidatura ao PDR2020 com o intuito de recebermos alguma verba que possa minimizar os elevados custos que aí vêm.
 Como, infelizmente, estamos impossibilitados de caçar na área da nossa reserva, somos uma associação de parcos recursos e queremos cumprir com as nossas obrigações, decidiu-se nesta reunião, solicitar a ajuda dos nossos associados, que possam e queiram ajudar na execução dos trabalhos acima mencionados e outros que vão surgindo, nos dias abaixo descritos:
- 29-10-2017.
- 12-11-2017.
- 26-11-2017.
- 03-12-2017.
- 10-12-2017.
A concentração para estes trabalhos será feita em Avessada entre as 7H30 e as 8 horas.

 Por uma questão de logística, a direcção, agradece aos associados interessados que informem a mesma da vossa presença, se possível com dois dias de antecedência.


                                                                  De V. Ex.ªs
                                             O Presidente da Direcção da ACCM
VÍTOR GONÇALVES 


quinta-feira, 2 de novembro de 2017

3 DE NOVEMBRO DIA DE SANTO HUBERTO "O PADROEIRO DOS CAÇADORES"


História do Santo Huberto

Santo Huberto, padroeiro dos caçadores

 
"É no dia 3 e Novembro de cada ano que se celebra o dia de Santo Huberto. É o santo patrono dos caçadores. É ainda invocado pelos matilheiros, arqueiros, guardas florestais, matemáticos, fundidores, peleiros, para os cães, pelos bispos que tem que governar regiões muito problemáticas, pela cidade de Liége e ainda para curar as mordeduras de cães e a raiva.

Santo Huberto viveu no período medieval, entre 656 e 728. Era filho do Duque Bertrand da Aquitania e neto do rei Chariberto, de Toulouse.

Desde jovem que era adepto da caça e muito valente a lutar com as feras. Um dia, num bosque, o seu pai foi atacado por um urso furioso que o ia matar, mas o jovem Huberto chegou a tempo e arremeteu tão fortemente para a fera que esta teve que soltar o Duque Bertrand, assim salvando a sua vida.

 



Foi enviado para estudar no palácio do rei de Neustria (Bélgica) mas ele tinha fracos costumes e fugiu. Foi então para o palácio do Conde de Austrasia, onde recebeu uma boa educação e casou-se com uma filha do conde Dagoberto, Floribane, da qual teve um filho a que chamou Floriberto.

Huberto esqueceu os sábios conselhos da sua santa mãe e dedicou-se unicamente a festas e desportos, deixando de ir à missa. E uma certa Sexta-feira Santa, em vez de assistir às cerimónias religiosas, foi à caça.

Aconteceu então que, diz a lenda, perseguindo um veado em pleno bosque, ele se deteve repentinamente o que fez parar os cães e os cavalos. Entre os cornos do veado apareceu uma cruz luminosa e Huberto ouviu uma voz que lhe dizia: “Se não voltares para Deus cairás no Inferno”.

O jovem príncipe rapidamente foi procurar o Bispo S. Lambert, perante o qual pediu, de joelhos, perdão pelos seus pecados. O santo bispo concedeu-lhe o perdão e dedicou-se a instrui-lo esmeradamente na religião. Pouco tempo depois morria a esposa do príncipe, que pode assim dedicar-se totalmente à vida espiritual. Renunciou ao direito de ser herdeiro do trono, repartiu os seus bens pelos pobres e foi ordenado sacerdote. Entrou então para o convento dos Padres Beneditinos e dedicou-se à oração, à leitura e meditação, enquanto se ocupava com trabalhos humildes como lavrador e pastor de ovelhas.

Desejava ir a Roma ver o túmulo dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, e ouvir o Sumo Pontífice. E assim partiu, a pé, escalando montanhas cobertas de gelo e atravessando em pequenos barcos rios de caudais fortíssimos, até que conseguiu chegar, depois de mil perigos, à Cidade Eterna.

Estando um belo dia numa igreja de Roma, orando devotamente, quando foi mandado chamar pelo Sumo Pontífice Sérgio. Este contou-lhe que o bispo Lambert tinha sido assassinado pelos inimigos da fé e que era de opinião que a melhor pessoa para substituir o bispo morto era ele, o monge Huberto. Apesar do medo em aceitar tal cargo, uma visão sobrenatural convenceu-o que devia aceitar, tendo sido consagrado bispo da igreja católica.

Santo Huberto foi bispo de Tongres, de Maestricht e de Liège, Bélgica.

O território que competiu governar a S. Huberto era povoado por gentes que adoravam ídolos e eram muito cruéis. Ele percorreu todas as regiões ensinado a verdadeira religião e afastando das gentes as falsa crenças e as maléficas superstições.

 
Deus concedeu-lhe o dom de fazer milagres. Os que tinham maus espíritos, ao encontrarem-se com o santo recuperavam a paz, sendo abandonados pelos maus espíritos. Os que antes adoravam ídolos e deuses falsos, ao ouvi-lo falar tão harmoniosamente de Deus dos Céus, que fez a terra, e tudo quanto existe, exclamavam “Não nos haviam falado assim” e convertiam-se e faziam-se baptizar.

Por rios tormentosos, cruzando selvas tenebrosas, fazendo viagens muito cansativas e percorrendo os campos em procissão, cantando e rezando, visitou todo o território da sua diocese, oferecendo os sacrifícios da sua viagem para a conversão dos pecadores, e Deus respondeu-lhe concedendo-lhe que milhares se convertessem à verdadeira fé.

Um dia viu a casinha de uma mulher pobre em chamas. Pôs-se a rezar com toda a sua fé e o incêndio apagou-se milagrosamente.

Construiu um templo a S. Lamberto, o santo bispo assassinado, e para lá levou as relíquias do mártir (ao abrir-se o túmulo, depois de vários anos, o corpo estava incorrupto, como se tivesse sido acabado de sepultar). À passagem do corpo do santo vários paralíticos ficaram sarados e começaram a andar e vários cegos recuperaram a vista.

Um dia, enquanto S. Huberto celebrava a missa, entrou na igreja um homem louco, que tinha sido mordido por um cachorro com hidrofobia (ou raiva). Toda a gente saiu a correr da praça, mas o santo deu uma bênção ao louco e este ficou instantaneamente sarado e saiu da praça gritando “Voltem tranquilos ao templo que o santo bispo me curou com a sua bênção”. Por isso muita gente invoca S. Huberto contra as mordeduras de cães raivosos.

Outro dia aproximou-se do mar e viu que uma terrível tempestade afundava uma barca cheia de pessoas, e que todos os passageiros caíam entre as ondas embravecidas. O santo ajoelhou-se e orou por eles e milagrosamente os náufragos saíram sãos e salvos. Por isso mesmo os marinheiros têm muita fé a S. Huberto.

No ano 727 Deus anunciou-lhe que estava prestes a morrer, pelo que ao terminar a missa deixou os seus fiéis. “Já não voltarei a a beber deste cálice entre vocês”. Pouco depois adoeceu e morreu santamente, deixando entre as gentes a recordação de uma vida dedicada totalmente ao bem dos demais.

Santo Huberto morreu no dia 30 de Maio de 727.

Santo Huberto foi canonizado em 743.

O seu corpo foi exumado da igreja de S. Pedro, em Liége, em 825; embora morto há muitos anos o seu corpo estava em bom estado, provando a sua santidade a todos os que o viram." (sic)



Santo Huberto foi o nome escolhido para esta modalidadee desportiva.
São objectivos das provas de Santo Huberto, para caçadores com cão de parar, promover o espírito desportivo do caçador, formá-lo na correcta prática do acto cinegético, tendo em consideração os aspectos técnicos, legais e cívicos, a função e utilização do cão de parar, num quadro de respeito pela natureza e pela ecologia. 

Portugal tem uma grande tradição nacional e um longo e brilhante palmarés a nível internacional, contando, inclusivé, com vários títulos mundiais.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

PROIBIÇÃO DE CAÇAR EM ÁREAS ARDIDAS

Portaria n.º 274/2017
de 15 de setembro
Considerando que a dimensão e a violência dos incêndios que atingiram os concelhos de Abrantes, Alijó, Almeida, Alvaiázere, Ansião, Arganil, Cantanhede, Carrazeda de Ansiães, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Celorico da Beira, Coimbra, Covilhã, Ferreira do Zêzere, Figueira de Castelo Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Freixo de Espada à Cinta, Fundão, Gavião, Góis, Gouveia, Grândola, Guarda, Lousã, Mação, Macedo de Cavaleiros, Mangualde, Manteigas, Mealhada, Miranda do Corvo, Mirandela, Mogadouro, Montemor-o-Velho, Murça, Nisa, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penedono, Penela, Pinhel, Proença-a-Nova, Sabugal, Santiago do Cacém, Sardoal, Seia, Sernancelhe, Sertã, Torre de Moncorvo, Vila de Rei, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Poiares e Vila Velha de Ródão, dos distritos de Aveiro, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu, produziram impactos negativos significativos;
Considerando que a extensão da área atingida e a destruição que provocaram, nomeadamente dos espaços rurais, afetaram significativamente as populações das espécies cinegéticas estabelecidas naqueles espaços, e que é necessário adotar um conjunto de medidas de proteção dos exemplares sobreviventes;
Considerando que a Portaria n.º 142/2015, de 21 de maio, estabeleceu o calendário para as épocas venatórias de 2015-2016, 2016-2017 e 2017-2018, para o exercício da caça a determinadas espécies cinegéticas, bem como a necessidade de se proceder à avaliação anual dos seus efeitos, e à sua alteração sempre que tal se justifique;
Considerando que o período legal de interdição da caça, em áreas percorridas por incêndios, é insuficiente para acautelar a preservação das espécies cinegéticas atingidas, pelo que se torna necessário prolongá-lo durante a presente época venatória;
Considerando que é necessário minimizar os impactos desta medida, sobre as entidades concessionárias de zonas de caça associativas e turísticas, nas áreas percorridas pelos incêndios, isentando-as, em 2018, do pagamento da taxa anual devida por hectare ou fração, concessionado:
Assim, ao abrigo do n.º 2 do artigo 3.º e do n.º 3 do artigo 91.º do Decreto-Lei n.º 202/2004, de 18 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.os 201/2005, de 24 de novembro, 159/2008, de 8 de agosto, 214/2008, de 10 de novembro, 9/2009, de 9 de janeiro, 2/2011, de 6 de janeiro, 81/2013, de 14 de junho, e 167/2015, de 21 de agosto, e nos termos das alíneas d) e e) do n.º 4 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 88/2012, de 18 de outubro, manda o Governo, pelo Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, no uso das competências delegadas pelo Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, nos termos do n.º 5 do Despacho n.º 5564/2017, de 26 de junho, na redação dada pelo Despacho n.º 7088/2017, de 14 de agosto, o seguinte:
Artigo 1.º
Alteração da Portaria n.º 142/2015, de 21 de maio
É aditado um artigo 3.º-A à Portaria n.º 142/2015, de 21 de maio, com a seguinte redação:
«Artigo 3.º-A
Norma transitória
1 - Durante a época venatória de 2017/2018 não é permitido o exercício da caça a qualquer espécie cinegética nos terrenos situados no interior da linha perimetral da área percorrida por incêndio, ou grupos de incêndios contínuos de área superior a 1000 hectares, bem como numa faixa de proteção de 250 metros, que tenham ocorrido nos concelhos de Abrantes, Alijó, Almeida, Alvaiázere, Ansião, Arganil, Cantanhede, Carrazeda de Ansiães, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Celorico da Beira, Coimbra, Covilhã, Ferreira do Zêzere, Figueira de Castelo Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Freixo de Espada à Cinta, Fundão, Gavião, Góis, Gouveia, Grândola, Guarda, Lousã, Mação, Macedo de Cavaleiros, Mangualde, Manteigas, Mealhada, Miranda do Corvo, Mirandela, Mogadouro, Montemor-o-Velho, Murça, Nisa, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penedono, Penela, Pinhel, Proença-a-Nova, Sabugal, Santiago do Cacém, Sardoal, Seia, Sernancelhe, Sertã, Torre de Moncorvo, Vila de Rei, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Poiares e Vila Velha de Ródão.
2 - No ano de 2018, as zonas de caça associativas e turísticas concessionadas cujos terrenos se encontrem abrangidos pelo disposto no número anterior ficam isentas do pagamento da taxa anual a que se referem, respetivamente, as alíneas c) e d) do n.º 2 do artigo 8.º da Portaria n.º 431/2006, de 3 de maio, alterada pelas Portarias n.os 1405/2008, de 4 de dezembro, 210/2010, de 15 de abril, e 267/2014, de 18 de dezembro, proporcionalmente aos hectares, ou fração de hectare, afetados pela proibição de caçar, correspondendo às áreas onde não é permitido o exercício da caça na época venatória de 2017/2018.
3 - Para efeitos do número anterior, compete ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P., determinar a área das zonas de caça concessionadas que se encontra abrangida pela isenção e publicitá-la no seu sítio da Internet.
4 - A isenção a que se refere o número anterior é calculada em função da área interdita à caça à data de 1 de janeiro de 2018.
5 - Compete ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P., divulgar no seu sítio da Internet os mapas com as áreas onde não é permitido caçar na época venatória de 2017/2018 abrangidas pela presente portaria, podendo os mesmos ser alterados caso se justifique.»
Artigo 2.º
Norma revogatória
É revogada a Portaria n.º 277-A/2016, de 21 de outubro.
Artigo 3.º
Entrada em vigor
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João Pisoeiro de Freitas, em 8 de setembro de 2017.

sábado, 19 de agosto de 2017

DECLARAÇÃO DE CALAMIDADE PÚBLICA TEM EFEITOS NA CAÇA.




PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS – GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

ADMINISTRAÇÃO INTERNA – GABINETE DA MINISTRA


Despacho Conjunto
Declaração de Calamidade – Medidas Preventivas

O País tem sido severamente fustigado por incêndios florestais de grande dimensão, que têm colocado enormes exigências ao Dispositivo Operacional de Combate a Incêndios Florestais e a todos os agentes de proteção civil dos concelhos afetados.
De acordo com as previsões meteorológicas para os próximos dias, em particular para o fim de semana, o risco de incêndio será extremamente elevado, com especial incidência nos distritos do interior do Centro e Norte do País e em alguns concelhos dos distritos de Beja e do Algarve.
Em face do perigo elevado, importa adotar desde já excecionais medidas destinadas a prevenir tais situações, sem prejuízo da declaração de calamidade por Resolução do Conselho de Ministros em relação a concelhos que tenham sido já severamente afetados por incêndios florestais e não se encontrem agora sujeitos a elevado risco de incêndio florestais.
Assim, ao abrigo dos artigos 20.º e 30.º da Lei de Bases da Proteção Civil, o Primeiro-Ministro e a Ministra da Administração Interna:
1. Reconhecem a necessidade de Declaração de situação de calamidade nos distritos e concelhos com índice de risco elevado ou extremo de incêndio, a partir das 14 horas de 18 de agosto e até às 24 horas de 21 de agosto, nomeadamente os concelhos dos distritos de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Vila Real e Viseu, bem como os concelhos seguintes: a) Distrito de Aveiro: Águeda, Arouca, Castelo de Paiva, Sever do Vouga e Vale de Cambra; b) Distrito de Beja: Almodôvar, Mértola e Odemira; c) Distrito de Braga: Amares, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Verde e Vizela; d) Distrito de Coimbra: Arganil, Condeixa-a-Nova, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares; e) Distrito de Faro: Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Lagos, Loulé, Monchique, Portimão, S. Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila do Bispo; f) Distrito de Leiria: Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Porto Mós e Pedrógão Grande; g) Distrito de Portalegre: Castelo de Vide, Gavião, Marvão, Nisa e Ponte de Sor; h) Distrito do Porto: Amarante, Baião, Felgueiras, Gondomar, Lousada, Marco de Canaveses, Paredes, Penafiel, Santo Tirso, Trofa e Valongo; i) Distrito de Santarém: Abrantes, Alcanena, Chamusca, Constância, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Rio Maior, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha; j) Distrito de Viana do Castelo: Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Valença;

2. Sem prejuízo dos demais efeitos legais e daqueles previstos nos artigos 14.º e 17.º da Lei de Bases da Proteção Civil, determinam a adoção imediata de medidas que permitam
disponibilizar recursos adicionais para ações de prevenção, bem como de proteção civil, em caso de necessidade, para as áreas do território objeto da presente declaração:
a) O aumento do grau de prontidão e mobilização das Forças Armadas em operações de vigilância, patrulhamento dissuasor, rescaldo e apoio logístico; b) Elevação do grau de prontidão e resposta operacional da GNR e da PSP, com preposicionamento e reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores, apoio a evacuações, cortes e desvios de trânsito, desembaraçamento de trânsito e demais ações de apoio à proteção civil, considerando-se para o efeito autorizada a interrupção da licença de férias e/ou suspensão de folgas e períodos de descanso; c) Mobilização em permanência das equipas de Sapadores Florestais; d) Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, previamente definidos nos PMDFCI, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessam; e) Proibição total da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão; f) Suspensão de todas as autorizações de lançamento de fogos-de-artifício que possam ter sido emitidas, nos referidos concelhos e enquanto vigorar o estado de calamidade; g) Proibição total da utilização em todos os espaços rurais de máquinas de combustão interna ou externa, onde se incluem todo o tipo de tratores e máquinas agrícolas ou florestais, bem como realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a motorroçadoras, corta-matos e destroçadores; h) Aumento do nível de prontidão das equipas de resposta das entidades com especial dever de cooperação nas áreas das comunicações (operadores de redes fixas e móveis) e energia (transporte e distribuição); e i)  Recurso aos meios disponíveis previstos nos Planos Distritais e Municipais de Emergência e Proteção Civil dos distritos e concelhos abrangidos pela presente declaração, acionados automaticamente por efeito do presente despacho.

3. Aprovam ainda, como medidas de carácter excecional:  a) A promoção do aumento da mobilização dos bombeiros voluntários do quadro ativo dos corpos de bombeiros para reforço da capacidade de resposta operacional; e b) A dispensa do serviço público dos trabalhadores da Administração Pública (direta, indireta e autónoma), bem como dos trabalhadores do sector privado que integrem como bombeiros voluntários o dispositivo de combate aos incêndios, nos termos do disposto no artigo 25.º da Lei de Bases da Proteção Civil, tendo os mesmos direito a dois dias de descanso compensatório por cada dia de empenhamento certificado pelo respetivo comandante de bombeiros.

4. A presente declaração de calamidade implica a obrigação de todos os cidadãos e demais entidades privadas a prestar às autoridades de proteção civil a colaboração pessoal que lhes for requerida e a respeitar as ordens e orientações que lhes forem dirigidas, nos termos do artigo 11.º da Lei de Bases da Proteção Civil.
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS – GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

ADMINISTRAÇÃO INTERNA – GABINETE DA MINISTRA



5. Nos termos do n.º 1 do artigo 12.º da Lei de Bases da Proteção Civil, sem prejuízo da necessidade de publicação, o presente despacho produz efeitos imediatos.


O Primeiro-Ministro

António Luís santos Costa


A Ministra da Administração Interna

Maria Constança Dias Urbano de sousa



Conheça as restantes medidas preventivas em https://goo.gl/9L6EW8


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

CARTA ABERTA A TODOS OS AMIGOS E SÓCIOS DA ACCM


                                                                                                                               Porto 11 de Agosto de 2017
  Carta aberta a todos os amigos e sócios da A. C. C. Mação
   Devido aos incêndios que assolaram o país e também o nosso Concelho, ficamos com toda a nossa zona de caça Associativa, bem como a Municipal gerida por nós, completamente devastadas.
   É meu entender e também o de alguns associados com quem já falei que se têm de tomar medidas urgentes em prol das zonas de caça e da “pouca” caça que resistiu a este terrível flagelo.
   Já foram avistados coelhos, perdizes, pombos, lebres e também alguns javalis.
   É esta a “semente” que temos de saber gerir para poder dar frutos no futuro, mas só com a ajuda de todos isso será possível.
   Estes animais tentam por todos os meios sobreviver com as poucas reservas que subsistiram ao fogo.
   Podemos ver de noite junto aos caminhos os coelhos a comerem a parca erva, que por ali, ainda se vai encontrando.
   É pois como já disse urgente olhar por estas criaturas que só nos têm a nós para conseguir sobreviver até a natureza tomar conta delas.
   Esses dias poderão tardar e se temos (e temos) o dever de ajudar, esse dia é “ontem”.
   Já há quem esteja a fazer um pouco desse trabalho de forma altruísta, dando milho e trigo às perdizes na zona de Alpalhão, onde foram avistadas ainda bastantes, por isso mesmo é que temos de ser um por todos e todos por um, pois este amigo está fora toda a semana e é manifestamente pouco o grande trabalho que desenvolve ao fim de semana.
   Quero saber se todos estão de acordo em convocar uma reunião de “emergência”, por exemplo para o primeiro Domingo de Setembro ou deixamos este assunto para ser resolvido pelos Órgão Directivos.
   Portanto quero que todos se manifestem a favor ou contra a reunião.
   Temos alguns assuntos a resolver e muito trabalho a fazer nestes próximos dois anos e todos temos o dever de contribuir com ideias e com trabalho, só assim conseguiremos ter novamente esperança para um futuro melhor.
   Se algum dia a palavra ASSOCIATIVISMO teve valor, esse dia é hoje.
O Sócio nº 15
José Alberto Reizinho

segunda-feira, 22 de maio de 2017

PETIÇÃO NACIONAL A FAVOR DA CAÇA.

Sempre a favor de todos os que defendem este sector. Salvar a caça, não se resume somente a salvar animais, coelhos e perdizes. Salvar a caça, é salvar um sector que tantos empregos sustenta. Salvar a caça é uma afirmação que devia ser comum a todos que gostam do campo e dos animais. Salvar a caça é acima de tudo salvar regiões e salvar terras inteiras da desertificação. Salvar a caça é salvar um interior cada vez mais deserto, sem gentes e com pessoas que gostam e vivem em comunhão com todos os caçadores e amantes da natureza. Salvar a caça é assegurar o futuro a muita gente, e acima de tudo velar pelos animais que suportam aquilo que levam ainda uns milhares de pessoas a saírem de casa ao fim de semana para praticarem o seu desporto preferido.Afinal nem todos podem gostar de futebol e cantigas. Viva a caça e viva o Mundo Rural.

CLIQUEM NO LINK PARA ASSINAR
PETIÇÃO A FAVOR DA CAÇA

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

AFINAL PORQUE CAÇAMOS? OPINIÃO DO AMIGO ANTÓNIO LUIZ PACHECO.

Afinal porque caçamos?
É sabido, estudado e comprovado ser a caça a mais antiga actividade do homem, também que esteve na génese de tantas outras, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da humanidade!
Então, porque é que parece ser tão difícil, para alguns, entender que somos herdeiros de algo ancestral que nos acompanha desde os primeiros tempos?
De aceitar que nos assiste o direito a existirmos e a praticar essa nossa actividade, a herança mais antiga da humanidade, para a qual possuímos natural tendência?
Afinal porque caçamos? E é ou não legítimo fazê-lo?
Na actualidade, nalguns sectores da sociedade (os mais modernos e recentes, de raiz urbana) considera-se que caçar é um comportamento reprovável, em nome de uma falsa e hipócrita defesa do ambiente que sofre infinitamente mais com as outras múltiplas actividades humanas, derivadas do desenvolvimento e da modernidade, do que com a prática da caça – esta aliás, quem mais contribui para a preservação e entendimento desse mesmo ambiente! Que denunciam como sendeo viciosa, em nome de discutíveis e exacerbados valores sobre a condição animal, fruto do afastamento da realidade da Natureza e do campo. Finalmente consideram-na um desvio, fruto do seu alheamento da vida e da morte, naturais, que não entendem e temem! Resumem tudo afirmando-a como expressão da violência e do mal, segundo princípios anti-armas do pacifismo artificial urbano que todavia desenvolveu a sofisticada violência psicológica como tem promovido guerras.
Mesmo alguns caçadores têm dúvidas em se assumirem, e, até vergonha… tentam que não reparem neles, fazem-no às escondidas e defendem-se com pouca convicção, sem saber exactamente porque são levados a caçar, como se só por si a vontade e o prazer não chegassem para o justificar e antes fossem algo de pecaminoso!
Eu, caçador contemporâneo, aos 61 anos, sempre que chego a um local ao ar livre, qualquer que seja o espaço: um quintal, um jardim, um campo, praia... olho em volta à procura dos sinais dos animais e dos lugares onde eles possam estar, as suas possíveis querenças. É instintivo, inconsciente!
Imediatamente avalio vegetação e terreno, procuro pedras ou onde o mar levante. Dou comigo a identificar o posto onde me iria colocar, como entraria no terreno ou aonde iria à procura de presas!
Não olho para um rio ou pedaço de mar, um bosque, montanha ou planície, que não pense imediatamente que animais ali se encontrarão!
Vejo qualquer espaço aberto e dá-me vontade de pôr a arma ao ombro, assobiar ao cão e marchar rumo ao horizonte...
Chegando a uma praia, olho imediatamente para o mar a avaliar o seu potencial, o estado de força, a limpidez, altura da maré, manchas de pedra e outros sinais...
Mal avisto um pedaço de oceano, logo me apetece enfiar máscara e barbatanas e ir por ali fora, de arma na mão!
É mais forte do que qualquer outra coisa que sinta, e, sempre assim foi desde que me lembro!
Ora o que é isto? Só tenho uma explicação:
- SOU CAÇADOR! Em todas as fibras do meu ser... até ao mais ínfimo protão!
Porquê? Pois porque há em mim um qualquer código que me faz ser assim. Como sei que existe noutros, e, sei que existem outros cujo primeiro olhar é para os biquínis, ou para a luz e côr do enquadramento que daria uma tela ou uma fotografia; os que ouvem música no vento e nas ondas, ou os que desenham na mente a casa que ali construiriam!
Cada qual nasce com a sua sensibilidade e tendências...
Os nossos antepassados foram formidáveis caçadores, se não o tivessem sido não estaríamos aqui a discorrer sobre estas questões! Nem “eles” a contestar-nos!
Porque como o homem é fraco, corre pouco, não possui asas, tem pele fina e nua, unhas curtas e dentes pequenos, teria sido comido pelos carnívoros, ou, sobrevivendo de raízes, frutos e plantas não teríamos chegado ao nível actual dos nossos detractores nem aos locais onde eles se exprimem. O homem seria um tímido herbívoro não-evoluído, um saguim grande e triste, nu, com frio e miserável, em permanente busca de comida e estado de vigilância. Se “eles”, os modernos e os que se julgam anti-caça, se acham hoje no topo da evolução humana, foi por terem sido criados a carne, porque os seus antepassados caçaram e comeram carne!
Este nosso antepassado comum, caçador, tinha prazer na caça!
Tinha que ter. A necessidade de caçar, teve de proporcionar esse prazer como tudo o que é instintivo e fundamental à sobrevivência das espécies: - O prazer do sexo, da comida, de mitigar a sede, de sentir o calor quando se tem frio ou o fresco quando se tem calor tudo coisas que dando prazer são indispensáveis à própria vida! Por isso os animais brincam e têm prazer nos jogos onde treinam para a sua sobrevivência: as lutas e emboscadas dos leões, o correr e saltar das gazelas, as acrobacias dos macacos e das aves, as brincadeiras das focas, lontras ou golfinhos. Onde treinam a actividade futura.
Fala-se da morte e associa-se esta à caça, tentam que seja um argumento de peso contra ela, mas, a verdade é que há caçadores e presas em todos os estratos da vida! A morte ocorre em todos os seres e faz por isso parte da vida, e de uma relação profunda e natural que permite a transmissão da matéria e da energia.
Existe uma teia intrincadíssima entre TODOS os seres vivos, que os condiciona. Nós não somos excepção! Básicamente o homem é um animal e igual a eles: nasce, cresce, reproduz-se e morre! Mas, quanto mais sentimentos desenvolveu e mais elevados, mais se distanciou do básico e portanto do animal. Tanto o animal quanto o homem partilham sensações físicas elementares como a sede, fome, calor, frio e cansaço. Possuem ainda outros sentimentos mais elaborados como o medo, a disposição para o combate, a luxúria e até o amor maternal. Porém, o homem desenvolveu mais e outros sentimentos ainda mais sofisticados, ao nível da psique, que só ele possui, o tornam diferente e elevam a níveis inacessíveis ao animal!
Nós matamos porque somos caçadores!
Sem raiva, porque na Natureza, a morte de uns é a vida de outros. Matamos as presas, naturalmente e em paz! Não porque as odiamos, como o leão não odeia zebras nem a aranha odeia moscas! Mas precisam delas para viver e as capturam, naturalmente. Quando damos a morte é por uma razão: A morte de uns dá a vida aos outros, é assim a ordem de toda a Natureza, das plantas aos animais! A grande árvore que morre, apodrece e dá de comer às novas, e a tantos insectos e estes aos pássaros, até ao urso… Se tiramos uma vida, podemos todavia dar-lhe continuidade porque ao comer o ser que morreu, o incorporamos, e ele continua assim a viver em nós, até por nossa vez morrermos e sermos incorporados na terra e nos vermes e daí passarmos às outras formas de vida, as plantas e os outros animais.
Por isso a vida se mantém, é passada de uns seres para os outros. Nós somos meros transportadores de energia, através da vida.
Dar a morte é algo de natural, porque morrer é consequência de estar vivo e o fim dessa mesma vida. Nós damos a vida ao fazer filhos e também damos a morte… é o mesmo e faz parte da nossa condição! O caçador o pratica, com respeito pelos animais a quem dá a morte pois não o faz com o mesmo sentimento do assassino ou a raiva de quem se vinga ou quer suplantar o adversário. Fá-lo com frieza e eficiência! O objectivo é matar e não fazer sofrer! Mata porque tem de ser, tal como o leopardo mata a gazela, a águia o coelho e o tubarão a foca. Fazemos parte de um todo onde se mata e se morre, como a morte faz parte da vida.
E é por isso que sendo caçadores, amamos os animais que matamos e não os odiamos! O pastor, esse odeia o lobo que lhe come o rebanho, o agricultor odeia o javali que lhe come a seara! Podem odiar, e se compreende, mas raramente os matam, e, quando matam alguma coisa é aos seus animais, para os comer, e também não os matam com ódio, matam-nos com indiferença e porque é preciso! Matar com ódio, mata o assassino, por maldade… coisa que nem a cobra ou o crocodilo fazem, porque o criminoso é mau, é baixo! Está no mais baixo nível da existência!
O homem foi-se libertando desta teia e saiu dela, por força da sua evolução e do desenvolvimento, arranjando formas dela menos depender. Mas continua a depender da morte, porque come seres que estiveram vivos: animais mortos, e, ao comer as plantas também as mata! Come, incorpora os demais seres vivos, para poder manter-se, para se reproduzir e portanto manter viva a espécie humana.
A morte estará sempre associada à transferência da energia natural!
O gosto natural pela caça, o “gene do caçador”, existe e está no nosso código genético! Em todas as classes de seres vivos, em todos os estratos e em todas as comunidades, há predadores e presas, que a Natureza na sua complicada rede de interacções e relacionamento criou, de modo a que se regulasse e mantivesse numa dinâmica de evolução e vida. Esse gosto manteve-se ao longo das gerações, como o gosto em procriar ou em comer.
O homem ao evoluir ganhou outras sensações que são seu apanágio. Os gostos e os prazeres sofisticados: apreciar uma paisagem, um vinho, ouvir música, jogar um jogo complexo! Porque só o homem tem o espírito, ou a "alma", que lhe permitiu desenvolver tais sentimentos superiores, como o amor ou a piedade! Isso o que distingue o homem dos animais que não os sentem! Por exemplo, e desde logo, a piedade, que nenhum animal possui, por força dessa sua condição como pela sua total inutilidade ou mesmo vantagem de não a manifestar. Pode imaginar-se que o lobo tenha piedade pelo veado? Seria anti-natural! Ou o amor, o amor puro dos amantes ou pelas outras pessoas que conduz a praticar o bem, e, a generosidade? São sentimentos exclusivos do homem, como apreciar as coisas belas e boas, a gastronomia, a música e o canto, a dança ou um simples pôr-do-Sol! Tudo coisas que o homem desenvolveu, inatingíveis para os animais e que nos separam. Coisas que diferenciam os próprios homens e os colocam em diferentes níveis da evolução: - Da cupidez do ladrão, do ódio do assassino, da luxúria do tarado - exacerbações extremas de paixões - , ao homem que se eleva pela sua arte, ou pelos sentimentos generosos da partilha ou da ajuda, e finalmente ao Santo, cujo desprendimento é total!
Esse gene do caçador, pode ou não existir, como pode estar activo ou adormecido. Neste caso pode revelar-se tardiamente ou nunca se revelar! Porém em nós caçadores, ele está activo e nos impele a caçar, como nos podia ter impelido a ser músicos, militares, cozinheiros! Por isso, para mim, caçar é sentir a satisfação e a liberdade imensa de seguir essa tendência que vive no meu ser! O desapego, o afastar de tudo, onde nada mais conta nem importa senão o ir, o procurar... não importa o quê!
Reprimi-lo seria a atrofia de uma tendência natural, a infelicidade e a frustração.
E, tenho a necessidade de capturar uma presa, sim! De me apossar dela, de a sentir como sendo minha! De experimentar essa sensação da posse, a satisfação atávica, animalesca e ancestral de "apresar". Não se confunda com matar! Nada tem a ver, porque logo depois, a minha parte humana, a alma, se enche de pena e se pudesse daria vida àquele animal e o perseguiria outra vez, pois ao caçá-lo criei uma ligação com ele, identifiquei-me com ele e passei a depender dele, como num namoro!
Será assim tão difícil de perceber? E de aceitar? Isto faz de mim um ser vicioso e mau? Um sádico criminoso, como pretendem os que não o entendem… talvez porque nunca lhes explicaram as coisas deste modo, presumindo eles apenas de acordo com a sua percepção?
Depois, comê-la-ei, é outra parte dessa condição de ser caçador: sou impelido a comer a minha captura! Os antigos caçadores, os mais primitivos e os filósofos, explicam bem esta parte, pois ao comer o animal, o incorporamos em nós próprios e ele continua a viver, em nós. É algo de profundo que explica a forte ligação da caça à gastronomia, para lá do pragmatismo puro da alimentação e sobrevivência.
A seguir, partilho com os outros esse momento da posse: o lance vivido! Exibo-me e recebo o reconhecimento dos meus iguais, a admiração. É a vaidade humana entendida sob a forma da recompensa, que nos leva a procurar a eficiência para o bem comum: É-se enaltecido mas se contribuiu para o grupo! O que em tempos idos teve a maior importância e por isso se manteve e nos marcou! O relato, a comunicação do feito.
E atenção, que não funciona só na caça!
No acto de historiar, há ainda um componente fundamental: A partilha da experiência e do saber adquirido. O ensinar e o imitar, que melhoram a técnica e portanto os resultados do grupo! Ou julgam que é por acaso que somos uma confraria de "mentirosos"? De contadores de histórias e de potenciais vaidosos?
Percebe-se que a prática da caça mantém a nossa ligação à Natureza, e, que nos reintegramos nela ao regressarmos à condição do caçador. O homem, que se afastou da Natureza, regressa assim ao seu estado mais natural ou primitivo, renova energias, limpa as frustrações da vida moderna, reaproximando-se da Natureza e de si mesmo, como os adultos tendem a voltar à infância ou aonde foram felizes! Mais do que isso, imergem na Natureza, onde têm lugar, são aceites porque o caçador faz parte dela e está nela previsto! A sua actividade é sustentável, como não é a do homem construtor de mega urbes e do desenvolvimento industrial!
Claro que usufruir da Natureza, também outros o fazem! O caminheiro, o fotógrafo e o observador de pássaros, o mergulhador, o ciclista de btt e o alpinista... experimentam esse contacto, mas apenas o contacto e porque não possuindo o gene do caçador, isso lhes basta. Não têm de satisfazer a necessidade de caçar, de se apoderarem de mais do que sensações ou imagens. A necessidade do caçador é ainda mais física! Além do esforço e do jogo da caça, de iludir o animal, importa a sua posse: a captura! A captura é o grande objectivo, assuma-se e entenda-se, porque sem a captura do animal, o caçador primitivo não sobrevivia! Ele não se alimentava de sensações nem de imagens, e sim de carne!
A caça evoluiu, mas não pode ser separada dessa posse, que redunda na morte! A pesca sem morte é a excelência, quando houver a caça sem morte, talvez surja um novo caçador… porém ficará sempre o vazio da posse física, de incorporar o animal, que hoje ainda não dissocio da caça. No futuro não sei, pois já não será nesta minha vida.
Sei sim que a caça evoluiu também, acompanhou o homem, que a caça que se pratica hoje pouco tem a ver com a do início do século passado, menos ainda com a da idade média e nada com a da pré-história, salvo pelo que se manteve:
- O impulso de caçar e finalidade de apresar!
- Comer a caça, incorporá-la!
- O relato da caçada, a partilha do lance e da forma como decorreu!
- A obtenção do troféu que dá excelência e enobrece o caçador na proporção directa da dificuldade em apresar aquele animal.
Mas em contrapartida e pela lei das compensações, a caça assumiu uma maior importância quer na ligação à terra e à Natureza quer na sua preservação, pois que graças à caça e pela caça, sobrevivem hoje espécies e se mantém o ambiente e a biodiversidade!
Não tenho dúvida de que o caçador em mim passará a outro, como me foi passado e se manifestou em mim, e assim acontece desde o início dos tempos, porque ele é útil! E passará, não só pelas leis da genética mas também e sobretudo por via das ideias que se divulgam e cultivam, outra admirável e exclusiva capacidade humana!
È verdade que o caçador procura um regresso à Natureza? Sim, o operário da cintura industrial das grandes cidades, o urbano dos bairros citadinos, o que vive nas metrópoles, os saudosos do campo e da vida ali, que mantêm vestígios da cultura campesina, e são ainda muitos, hoje talvez até a maioria!
Porém e o caçador rural, o aldeão que vive na, com, e da Natureza? Como pensar que este vá à caça para se sentir próximo da Natureza? Também isso não basta…
Então afinal porque caçamos?
Bom, eu caçador actual e ser pensante, cheguei à conclusão de que, quando pego na arma e saio para o campo ou para o mar, afinal aquilo que faço é perpetuar o gesto do meu longínquo ancestral, no momento em que empunhou pela primeira vez uma arma e alijando a sua condição de presa, se ergueu em glória de predador!
É isso que eu celebro e revivo desde esse momento!
É o que me foi passado no código genético e que eu passarei a outros, por muito que nos “eduquem”, reprimam ou reprovem.
É isso que nos diferencia do alpinista, do passeante, do observador!
É isso que nos leva a ser o que somos…
Afinal é por isso que caçamos!
Foram os caçadores que deram aos artistas e aos filósofos a oportunidade de o serem! Quem proporcionaram à humanidade chegar até hoje. Foi a caça que lhes permitiu estarem aqui hoje, os biólogos e políticos, os “bem pensantes” dos direitos animais e do ambiente, os “modernos”, todos os que agora tentam acabar connosco!
Deviam estar-nos gratos, perceber o nosso direito a existirmos pelo simples facto de o sermos e gostarmos de caçar, e não, acabar connosco porque já não lhes fazemos falta, porque perderam a capacidade de nos entender e ignoram este facto ancestral.
Não teremos então já, o direito a existir?
Não pretendo fazer de ninguém caçador, tão pouco impor que seja obrigatório caçar… como o fariam os meus detractores! Procuro apenas divulgar porque sou caçador, e que me respeitem por isso.
Não luto para impor as minhas ideias e sim pela defesa de ter direito a elas!
António Luiz Pacheco

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

GANCHO AOS JAVALIS DIA 18 DE FEVEREIRO


No dia 18 de Fevereiro será realizado um gancho aos javalis na reserva da Associação dos Caçadores do Concelho de Mação.  
Será um evento de caça Maior mas sem as confusões de uma grande montaria, queremos que seja uma festa da caça mas tipicamente caseira.
A mancha está boa de animais e promete uma manhã bem passada.
No Domingo haverá a última jornada de tordos e será realizado um almoço entre todos os participantes que se queiram juntar á caçada, aproveitando assim para encerrar o ano cinegético em beleza. 
Junta-te a nós nesta festa da caça.